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Problemas dermatológicos em roedores

Sarna Auricular ou Psoróptica
Doença de rápido contágio facilitando em pouco tempo a propagação da moléstia entre os animais. A sarna auricular é uma moléstia parasitária ocasionada basicamente por dois parasitas, Psoroptes communis e Chorioptes cuniculis, os quais se localizam internamente do ouvido, na parte profunda da pele, chegando muitas vezes a provocar a morte do animal, quando não tratado em tempo hábil.
A primeira manifestação da sarna de orelha começa pelo aparecimento de forte irritação, no interior dos ouvidos do coelho, seguida de inflamação e formação de uma secreção espessa, que em poucos dias torna-se serosa e amarelada. Com a continuação da doença, esta serosidade se engrossa cada vez mais, havendo formação de crostas ou escamas de cor amarelada, aderentes à parte interna da orelha fechando completamente o ouvido do animal. Casos mais crônicos da doença, com perfuração do tímpano, podem levar ao aparecimento de convulsões e torcicolo.
Os animais assim atacados se tornam inapetentes, fracos, emagrecendo rapidamente, chegando muitas vezes à morte; inclina a cabeça para o lado afetado, procurando coçar com as patas as orelhas. Com o avançar da moléstia, iremos encontrar juntamente com as crostas, sangue e secreção purulenta, de odor fétido. Tratando-se de patologia muito contagiosa, o proprietário deverá tomar sérias medidas de profilaxia e higiene a fim de impedir a propagação da doença.
O tratamento consiste em realizar a limpeza do ouvido médio e externo, retirando-se com uma pinça, as crostas previamente pinceladas com fluidificante a fim de facilitar seu amolecimento. Em seguida aplica-se sarnicida, encontrado em Pets, o qual será aplicado novamente após 15 dias até a cura completa do animal.
Medidas Profiláticas – Manter uma limpeza rigorosa nas gaiolas. Não permitir a entrada de animais doentes e os coelhos deverão ser examinados periodicamente por médico veterinário competente.
Os animais doentes deverão ser logo medicados e isolados. As gaiolas ocupadas pelos coelhos doentes deverão ser desinfetadas de preferência flambadas.
Não deixe de procurar um médico veterinário especialista. Somente ele é capaz de reconhecer certamente a doença e o tratamento correto.
Sarna do Corpo ou Sarcóptica.
Esta doença, muito contagiosa, é caracterizada pela formação de crostas na cabeça do coelho, principalmente na boca, olhos e nariz, estendendo-se nos casos graves às patas e órgãos genitais. Produzida pelo ácaro Sarcoptes cuniculi, este ácaro penetra mais profundamente na pele.
Esta sarna é muito diferente da sarna da orelha, pois esta só ataca o corpo do animal.
As primeiras manifestações da sarna começam com a picada do parasito que causa forte irritação, ocasionando o aparecimento de um líquido que, ao secar, forma crostas duras, de cor amarelo-cinza, que dão ao animal um aspecto repugnante, pois a pele se apresenta enrugada e inchada, além de completa queda do pêlo. O parasito da sarna é encontrado debaixo da pele, onde escava galerias, alimentando-se do sangue do animal.
Foto 1 – Sarna Sarcóptica em Coelho. Foto Dr. Pedro HACS
Como a sarna se localiza de preferência na cabeça e boca do animal, os lábios se apresentam consideravelmente inchados e o coelho não pode alimentar-se devido à dor e à dificuldade que sente ao mastigar. Com isto o animal emagrece, enfraquecendo-se bastante até morrer.
Sendo ás crostas localizadas em volta do nariz, há inflamação do local, determinando grande dificuldade na respiração.
Quando o coelho se apresenta com todos esses sintomas, a cura é muito difícil, e quando isso acontece, ele se torna muito fraco; é mais indicado o sacrifício dos doentes.
Entretanto, no início da moléstia, antes que a sarna atinja completamente a cabeça do animal, o seu tratamento é fácil. Assim, o criador ao notar que o focinho do coelho que é geralmente limpo e brilhante, se apresenta coberto com um pó branco, semelhante à farinha, deverá logo examinar o animal, assim como as suas patas, onde ele irá encontrar entre as unhas o mesmo pó branco. Isto acontece porque o coelho, ao sentir a irritação produzida pela picada do parasito na cabeça, procura logo coçar o local, fazendo então com que as unhas se apresentem infectadas.
O tratamento consiste em esfregar as partes atingidas com querosene, ocasionando a caída das crostas para então se aplicar o remédio.
A aplicação no local deverá ser feita diariamente, com qualquer desinfetante a base de cloro ou sarnicida em Spray, 10 aplicações são suficientes até a eliminação da moléstia.
No caso de sarna no corpo, as coelheiras deverão ser desinfetadas com lança-chamas: não sendo isto possível, as coelheiras deverão ser desinfetadas com uma pintura de cal e soda em partes iguais.
Não deixe de procurar um médico veterinário. Somente ele é capaz de reconhecer com certeza a doença e o tratamento correto.
Abcessos
Abcesso é uma cavidade formada pela desintegração do tecido que contém um exudato purulento. Pus é o produto da supuração, o qual é um processo inflamatório que ocorre na presença de organismos piogênicos (produtores de pus) que resistem à fagocitose celular. O pus consiste de fagócitos (células) mortos, predominantemente neutrófilos, exudato inflamatório, bactérias e restos celulares.
Foto 2 – Abcesso cutâneo em Coelho. Foto Dr. Pedro HACS
Eventualmente o abcesso torna-se cercado por uma cápsula fibrosa composta por fibroblastos e células inflamatórias. O abscesso aumenta ao longo da linha de menor resistência e podendo romper-se através da pele ou dentro da cavidade corporal, secretando pus, bactérias e toxinas. A intervenção cirúrgica para proporcionar a drenagem pode resolver o processo de supuração ou o mesmo pode ficar crônico. Antibióticos não podem penetrar nas cavidades dos abscessos devido a sua pobre vascularização.
Foto 3 – Abcesso Facial em Ramster. Foto Dr. Pedro HACS
Supuração crônica é comum em coelhos e pequenos roedores. O mesmo cresce lentamente, é bem encapsulado, e desenvolve-se relativamente sem dor. A Pasteurella multocida é frequentemente isolada. As infecções secundárias no tecido danificado por outras causas como incisões cirúrgicas, mordidas, traumas, feridas profundas, corpos estranhos, geralmente resultam na formação de abscessos. Depois que um abscesso primário se torna estabelecido, pode disseminar-se pelo sangue para outros lugares ou espalhar localmente pela via linfática resultando na formação de abscessos secundários.
Em coelhos de estimação, os abscessos são às vezes relatados como conseqüência de odontopatias (problemas dentais). Os abscessos periapicais são comuns e resultam em osteomielites extensas.
O prognóstico varia com o tipo de abscesso e cada tipo requer diferente tratamento. Em coelhos o abscesso parece não ser doloroso e o animal pode comer bem e não ter depressão.
Parasitas externos e seus riscos – pulgas e piolhos
Existem cerca de  1900  espécies de pulgas no mundo. No entanto somente uma  preocupa  a maior parte dos proprietários de animais: Felis  Ctenocephalides, a pulga do gato. Esta é a pulga que nós encontramos nos  nossos animais de estimação (gatos, cães, coelhos, e a outras espécies) em 99,9 % dos casos.
Seria um erro grave pensar simplesmente na pulga como um incômodo. Uma infestação grave por pulgas pode ser  letal, especialmente nos  animais menores ou mais novos. As circunstâncias causadas através de infestação por  pulgas incluem: Dermatite alérgica a picada de pulga, anemias e endoparasitoses, além da infestação no ambiente do animal de difícil controle.
Foto 4 – Dermatite alérgica a picada de pulga em coelho. Foto Dr. Pedro HACS
A maioria de proprietários do animal de estimação não têm nenhuma idéia que as pulgas podem matar.
Uma vez que a pulga encontra um hospedeiro, nunca sairá  do mesmo por sua vontade e se separados, morrerá somente em algumas semanas sem uma refeição. A pulga fêmea começa a produzir ovos dentro de 24 a 48 horas de sua primeira refeição de sangue e colocará ovos continuamente até que morra. A extensão de vida média da pulga é 4-6 semanas.
Apenas 5 % das pulgas encontra-se no animal e os restantes 95 % encontra-se no ambiente, por isso a importância de tratar o ambiente todo do animal.
A sintomatologia é queda do pêlo no dorso do animal e na cauda, pois, para atenuar as picadas do parasita o coelho procura coçar as partes atingidas, arrancando o pêlo destes locais.
Para fazer um tratamento adequado o proprietário deverá procurar um médico veterinário especialista no assunto.

M. V. Pedro Henrique Arosteguy de Carvalho e Siqueira CRMV – DF 1475
Medicina de Animais Silvestres e Exóticos
Site: .pointanimaldf.com.br
Email: pedrohacs@hotmail.com
            Co-autor: Keila Rita de Almeida
            Estagiária – Point Animal
            Graduando em Medicina Veterinária
Serviços:
Consultório Médico Veterinário
Point Animal
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