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Acordar todos os dias, ouvindo o canto dos pássaros, não é raro. Aliás, dados indicam que cerca de 15 % dos lares no Brasil possuem um pássaro. Boa notícia, pois está comprovado que pessoas, as quais possuem um animal de estimação, espantam a solidão e o estresse e, conseqüentemente, vivem mais e melhor.

Seja pelo seu magnífico canto, pelo colorido de suas penas ou até mesmo por serem ótimas imitadoras, as aves podem se tornar excelentes animais de companhia. Existem cerca de 9000 espécies pelo mundo. Os três grupos mais procurados pelos amantes de aves são: os psitacídeos (Araras, Papagaios, Jandaias, Periquitos, Calopsitas, etc.), os passeriformes (os pássaros de canto em geral: Canário da terra, Pássaro preto, Corrupião e outros) e, por último, o grupo dos Ramphastídeos (Tucanos e Araçaris). Existem também os criadores legalizados de aves ornamentais que abrangem os Mutuns, Jacus, Jacutingas, Inhambus, dentre outros. Essas espécies são mais procuradas por pessoas que possuem um grande viveiro e mantêm a ave solta nessa área. E, por fim, temos uma espécie de ave que é criada legalmente para abate e consumo humano, que é o caso da Ema.
Segundo Médico Veterinário especialista em Pets não convencionais Pedro Henrique A. C. Siqueira algumas informações são importantes para o manejo adequado de sua ave. Forneça o banho pelo menos uma vez por semana, especialmente no Verão, pois além de quente o clima é muito seco em Brasília. As cacatuas são as aves que mais necessitam de banho semanal. A sua pele produz uma espécie de caspa que deve ser removida regularmente com banho adequado.
A radiação ultravioleta é importante para a conversão da vitamina D essencial para haver uma boa absorção de cálcio. A luz solar tem outros papéis preponderantes no metabolismo das aves, mas que a ciência só agora começa a descobrir. Portanto se não puder fornecer boa luz solar direta (sem ser por meio do vidro da janela), adquira uma boa lâmpada fluorescente específica para o efeito similar.
Infelizmente, grande parte das aves tratadas aqui no Consultório Médico Veterinário – Point Animal – apresentam alguma patologia decorrente da desnutrição ou incorreta nutrição. Podemos citar as doenças respiratórias e renais decorrentes da Hipovitaminose A (deficiência de vitamina A), o raquitismo (em decorrência da falta de cálcio e vitamina D), mau empenamento, emagrecimento progressivo, obesidade, distúrbios e tumores hepáticos, distocia reprodutiva, infecções diversas, parasitismo e tantos outros problemas alimentares diretos ou indiretos.
Sabe-se que sementes de girassol e amendoim são normalmente contaminadas com aflatoxinas, ou seja, toxinas produzidas por fungos que crescem naturalmente nas sementes. Em longo prazo, as aflatoxinas podem causar degeneração tecidual e mesmo tumores no fígado e outros órgãos. Além disso, essas sementes são ricas em gordura, que podem levar ao aparecimento de aterosclerose, ou seja, a deposição de colesterol nos vasos do coração. Outros alimentos usualmente fornecidos as aves são pobres em nutrientes. É o caso das frutas, que têm algumas vitaminas, mas são pobres em proteínas, gorduras e outros nutrientes essenciais. O pão e fubá são alimentos ricos em carboidratos (energéticos), mas pobres em nutrientes essências para o crescimento da ave. Filhotes criados com fubá não crescem satisfatoriamente e podem morrer logo nas primeiras semanas de vida.
Então, o que devemos fornecer de alimento para as aves em cativeiro? Na natureza, a alimentação das aves é diversificada e balanceada naturalmente. No cativeiro é muito difícil isso acontecer, pois não dispomos dos mesmos alimentos que as aves encontram na natureza, por isso devemos aproximar o máximo possível a alimentação da ave em cativeiro, com a alimentação da ave na natureza, o que não é uma tarefa fácil, pois cada espécie de ave tem uma exigência nutricional diferente.
LEGALIZAÇÃO E AQUISIÇÃO
Segundo Médico Veterinário Pedro Henrique A. C. Siqueira o primeiro cuidado ao se adquirir uma ave é verificar se sua venda é legalizada. Algumas Aves exóticas não precisão de licença do IBAMA. O tráfico de animais silvestres no Brasil está em 3º lugar, perdendo somente para o tráfico de drogas e armas. Por isso, a legalização surgiu com o intuito de inibir o comércio ilegal de animais. Uma ave silvestre legalizada deve possuir uma anilha (fechada em algumas espécies), ou seja, um anel de metal com informação do criatório de origem, número de registro no IBAMA e data de nascimento. O criatório e/ou loja deve emitir uma nota fiscal com a espécie da ave, criatório de origem e registro no IBAMA, nascimento, sexo, identificação (anilha) e valor de venda. Mas, além destes cuidados é importante que a pessoas observe como esse animal foi criado e como ele está sendo cuidado, a fim de comprar uma ave saudável, feliz e livre de doenças e traumas.
É muito importante conhecer o perfil da ave antes de adquiri-la. “Cada espécie de ave tem um comportamento e cuidados específico que devem ser avaliados antes de sua compra/aquisição. Por exemplo, algumas aves fazem muito barulho, como periquitos australianos e jandaias. Outros são dóceis e de fácil treino, quando criados desde filhotes (que são os mais populares ultimamente), como calopsitas, agapornis, papagaios. Alguns são calmos e cantores, mas que não gostam muito de contato próximos com as pessoas, como canários, mandarins, cuiriós”.
 Principais doenças das aves exóticas e silvestres.
Pneumonia
Os sintomas são falta de vivacidade, respiração difícil, o bico pode ficar com uma cor violácea. O pássaro coloca a cabeça para trás abaixo das asas: a cauda acompanha o ritmo respiratório, febre, asas caídas e penas soltas. O tratamento deve ser realizado sob orientação do médico veterinário.
Fraturas
Não é raro aparecer pássaros com os membros e penas quebradas. Os casos mais comuns são os das pernas e das asas, especialmente quando sofrem traumatismos acidentais. O prognóstico depende da gravidade da lesão, pronto-atendimento, perda sangüínea e resistência orgânica da ave. Os traumatismos cranianos são sempre graves e requerem assistência do médico veterinário imediata. As fraturas são mais graves quando expostas (pontas dos ossos expostos), se contaminadas, quando houver lesão nos vasos sangüíneos, nervos, articulações e órgãos internos. O tratamento deve ser realizado conforme orientação do médico veterinário.
Estafilococose
É causado por uma bactéria que se encontra espalhada pelo ar, água, paredes, etc, provocando uma enfermidade, sendo o mais comum o ataque aos pés e articulações. As lesões aparecem nas plantas dos pés, como pequenos abcessos que dificultam o pouso; em seguida atingem os dedos que se necrosam. Essas ulcerações quando espremidas, segregam um líquido purulento. A falta de higiene é, geralmente, o responsável por esse tipo de doença. O tratamento deve ser orientado por um médico veterinário especialista na área.
Piolhos
O pássaro tem coceira constantemente e observando as penas da asa aberta contra a luz, podemos notar o dano causado nas penas, como pequenos traços escuros. Diagnostico é feito através da visualização dos piolhos. O tratamento deve ser realizado sob orientação do médico veterinário.
Ácaros respiratórios
Ocorre o acesso asmático repentino, porém mais freqüente à noite e à tardinha, ou depois de se alimentar, respiração penosa, sibilante com assobio, acesso de tosse com expectoração contendo muitos ácaros, abertura do bico com os movimentos respiratórios Após os ataques, os pássaros voltam ao estado normal. Tratamento: isolar o pássaro doente e levá-lo ao veterinário. O tratamento deve ser realizado sob orientação veterinária.
Asma
Sintomas: emitir sons semelhantes a pequenos gritos, especialmente ao anoitecer e na parte da manhã. A respiração, via de regra, é forçada. As causas são alimentação imprópria, predispondo à obesidade, gaiolas muito sujas, ambiente mal ventilado e banhos em dias muito frios. Pode ocorrer queda do poleiro, morte por asfixia. Nos casos muito graves, imobilidade, olhos entreabertos, penas soltas, respiração acelerada intermitente com emissão de pequenos gemidos. Devemos eliminar as principais causas prejudiciais, frio, vento, poeira, umidade, etc. O tratamento deve ser realizado sob orientação médica veterinária.
Coriza
É um dos problemas mais comuns dos pássaros. Onde temos a falta de vivacidade, anemia, corrimento das narinas e também dos olhos. O catarro torna as penas em torno das narinas, com tosse, dispnéia e mucosa congestionada. O tratamento deve ser realizado sob orientação veterinária.
Doença crônica respiratória
Semelhante à coriza. CUIDADO: deve-se levar a ave o mais rápido possível ao veterinário. Este decidirá se o melhor é realizar o tratamento ou, caso a doença esteja avançada, sacrificá-la. O tratamento deve ser realizado sob orientação veterinária.
Salmonelose:
Esta doença é uma das mais preocupante e importante, pois pode representar problemas para o ser humano (zoonose), pois as salmonelas infectam tanto mamíferos quanto aves, apesar de haver salmonelas específicas para cada caso, havendo, entretanto salmonelas consideradas não específicas. As principais são a pulorose, que afeta aves jovens, e o tifo aviário, que afeta principalmente aves adultas. As salmonelas não específicas causam o paratifo aviário. As salmonelas são altamente patogênicas para mamíferos e aves, causando alta mortalidade. Seus sintomas se confundem com outras bacterioses, como a colibacilose e a diferenciação é feita com o isolamento e identificação da bactéria. O controle mais uma vez envolve higiene rigorosa.
Verminoses e ectoparasitoses:
As verminoses são provocadas por diferentes formas de parasitas que usam os seus hospedeiros para retirar deles o seu sustento, afetando o desenvolvimento e a saúde e podendo levar a morte. As ectoparasitoses mais freqüentes são causadas por sarna, carrapatos, percevejos, moscas e mosquitos. A Ectoparasitose pode debilitar as aves e predispô-las a outras doenças, portanto um controle efetivo deve ser feito pulverizando as instalações com inseticidas que tenham boa ação residual, evitando-se também a superpopulação de aves.
Aves parasitadas apresentam emagrecimento, má absorção do alimento, crescimento retardado nos filhotes, diarréia, fezes escuras e sanguinolentas e algumas vezes morte. Grande quantidade de vermes pode causar obstrução intestinal e levar a morte. O diagnóstico das verminoses é feito pelo exame microscópico de fezes (coproparasitológico), que deve ser solicitado a um médico veterinário. A vermifugação deve ser feita conforme orientação do médico veterinário. Os vermífugos utilizados são semelhantes aos usados em humanos e animais domésticos, o que muda é a dose e freqüência da aplicação do vermífugo. A sobredose de anti-helmínticos pode causar intoxicação.
Higiene ambiental:
A higiene tem como finalidade prevenir doenças e preservar a saúde o animal e familiar. Podemos observar que quase todas as doenças dependem de higiene para não se desenvolverem. Por tudo o que foi escrito e lido achamos que este é o ponto mais importante para quem quiser ter sucesso na sua criação.
 A higiene não está restrita apenas aos ambientes, mas a todos os utensílios, comedouros, bebedouros e poleiros. A limpeza geral deve ser feita de 07 em 07 dias ou menos com água e desinfetante apropriado (Herbalvet – Ouro Fino). Lembrando que bebedouro e comedouro devem ser higienizados diariamente.
Lave sempre as mãos antes e depois de entrar em contato com a ave e evite o contato muito próximo à boca, principalmente se estiver doente.
A higiene após cada refeição também é importante. Não se deve deixar o acumulo e resíduos de comida sobre o bico ou corpo da ave, isso evita a proliferação de fungos e bactérias prejudiciais à saúde da ave. Forre o fundo da gaiola com uma camada de serragem de madeira (maravalha), isto vai ajudar distribuir o calor e absorver a umidade causada pelas fezes e urina.
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