(61) 99311-9786

As aves de rapina ou rapinantes são aves carnívoras que compartilham características semelhantes, bicos recurvados e pontiagudos, garras fortes e visão de longo alcance (Foto 1). Assim as rapinantes são aves ágeis na captura de seus alimentos: grandes artrópodes, peixes, anfíbios, pequenos mamíferos e pequenas aves. Mas cada rapinante está adaptada para caçar um tipo de animal, ou um grupo especifico deles

Gavião é o nome popular dado a várias espécies de aves falconiformes pertencentes às famílias Accipitridae e Falconidae, em particular dos gêneros Leucopternis, Buteo e Buteogallus. São aves geralmente identificadas pelo tamanho de médio a pequeno, em relação a outras aves de rapina, e dotadas de asas curtas, adaptadas à predação em espaços fechados. Esta designação não corresponde a nenhuma classe taxonômica e pode acontecer que dentro do mesmo gênero haja espécies chamadas gavião e outras com o nome de águia. De uma forma geral, os gaviões têm uma distribuição bastante vasta, que inclui todos os continentes com exceção da Antártica (Foto 3).

O termo coruja é a designação comum das aves estrigiformes, das famílias dos titonídeos eestrigídeos. Na região da Amazônia, algumas espécies de corujas também são chamadas de murutucu. Tais aves possuem hábitos noturnos e vôo silencioso devido à estrutura das penas, alimentando-se de pequenos mamíferos (principalmente de roedores e morcegos), insetos e aranhas. Engolem suas refeições por inteiro, para depois vomitarem pelotas com pêlos e fragmentos de ossos. Os filhotes de corujas podem ser vítimas de outros predadores, como o gavião. As corujas podem girar sua cabeça e pescoço em até 270º em qualquer direção.

A medicina veterinária de rapinantes tem como princípio básico permitir a manutenção e/ou a recuperação dos animais debilitados. Atuamos também na recuperação das habilidades necessárias ao vôo e à caça. Por esse princípio, todas as ações executadas com as espécies manejadas tentarão manter a integridade do animal. Dessa forma, o manejo dos animais oriundos de acidentes ou apreensões e os mantidos em cativeiro deverão cumprir com um protocolo básico de manejo que contemple esses cuidados especiais. Princípios de medicina veterinária preventiva deverão ser empregados para evitar que as aves adquiram novas enfermidades ou patologias. Procure sempre um Médico Veterinário especialista em Animais silvestres e exóticos.

O atendimento médico veterinário especialista inclui protocolos de coleta de material e encaminhamento das amostras biológicas para diagnóstico de enfermidades infectocontagiosas e parasitárias, exames clínicos e exames complementares, protocolos nutricionais, protocolo de contenção e protocolos anestésicos, de acordo com as espécies atendidas. O protocolo de quarentena inclui protocolos de manejos especiais, o isolamento da ave, os exames necessários durante o período de quarentena, coleta de amostras biológicas e envio a laboratórios credenciados, higienização ambiente, a esterilização do ambiente, a higienização dos materiais utilizados e a higiene dos tratadores e dos técnicos que trabalham com a ave. As principais doenças infectocontagiosas e parasitárias que acometem rapinantes são: herpesviroses, aspergilose, candidíase, tuberculose, salmonelose pododermatite infecciosa, tricomoníase, malária aviária e capilariose. A manutenção da ave em cativeiro deve incluir os cuidados preventivos como escolha do local para abrigar a ave, tipos de poleiros, nutrição, hidratação, além da proteção das penas e redução do estresse que deverão ser adotados desde o primeiro contato com o animal.

Cuidados especiais devem ser utilizados na confecção dos locais onde as aves rapinantes são mantidas para evitar possíveis traumatismos e facilitar a higienização do ambiente. Acesso a um solário e a um recipiente para banho é desejável. Recintos para a reprodução devem, de preferência, utilizar o sistema de câmaras de cria (totalmente isolados). Em recintos com mais espaço, as aves devem poder voar com relativa facilidade, sem obstáculos. Quanto ao aspecto nutricional o melhor alimento para Falconiformes é a carcaça inteira recém-abatida, de acordo com a dieta específica para cada espécie. Esse “pacote” de alimento além de conter todos os nutrientes necessários permite a formação fisiológica do animal. O uso de animais para alimentação, provenientes de vida livre, deve ser evitado, principalmente por conta de enfermidades endêmicas da provável participação em ciclos de parasitas. Presas que servem como reservatórios de enfermidades devem ser evitadas, como os pombos domésticos que vivem livremente nas cidades.

O uso de animais criados para a finalidade de alimentação permite um maior controle e redução de riscos sanitários. Criadouros confiáveis ou biotérios controlados devem ser procurados para o fornecimento de presas inteiras aos falconiformes. Os animais mantidos em cativeiro como pet ou não devem ser avaliados pelo Médico Veterinário periodicamente quanto ao aspecto físico e nutricional, sobretudo os que participam de programas de treinamento e vôo.

Anualmente, os animais deverão fazer exames e sempre que possível deverão incluir hematologia, coproparasitologia, exame clínico de pele, exame de cavidades e exames das penas. Em áreas de risco epidemiológico deverão ser feitas as pesquisas de gripe aviária, doença de Newcastle, micobacteriose, pasteurelose, salmonelose, candidíase e tricomoníase, encaminhando amostras coletadas a laboratórios de referência. Em caso de óbito, a necropsia deverá ser feita por um médico veterinário capacitado e especialista em animais silvestres e exóticos. Esse procedimento deve incluir todos os animais mortos, tanto os provenientes da natureza como os mantidos em cativeiro. Exames complementares, como cultura e antibiograma, identificação de parasitas e exames histopatológicos devem ser efetuados sempre que possível, visando à determinação da causa mortis e à coleta de informações epidemiológicas. Um programa de controle de doenças deverá incluir o monitoramento das aves infectadas ou expostas ao agente contaminante, a adequada disposição das carcaças, um sistema de quarentena e rigorosas desinfecções dos criadores, zoológicos e mantenedores envolvidos. Posteriormente, a compilação essas informações permitirá a tomada de decisões quanto à manutenção dessas espécies tanto em cativeiro como em vida livre, levando em consideração o monitoramento das cadeias epidemiológicas de doenças que acometem esses animais, os impactos ambientais causados nesse processo e suas relações com a saúde pública, tendo como finalidade principal a preservação dos Falconiformes.

M. V. Pedro Henrique Arosteguy de Carvalho e Siqueira CRMV – DF 1475
Medicina de Animais Silvestres e Exóticos

Site: .pointanimaldf.com.br
Email: pedrohacs@hotmail.com
Co-autor: Keila Rita de Almeida
Estagiária – Point Animal
Graduando em Medicina Veterinária
Serviços: Consultório Médico Veterinário
Point Animal
SHCGN 716 Bloco C, Loja 13 – Brasília, Asa Norte
(61) 3347.9305 / 3272.9204 / 9311.9786

WeCreativez WhatsApp Support
Nossa equipe de suporte ao cliente está aqui para responder às suas perguntas. Pergunte-nos qualquer coisa!
👋 Oi em que posso ajudar?